A Cemig está imbuída em desenvolver usinas solares flutuantes em seus reservatórios hidrelétricos, aproveitando a infraestrutura de conexão para novos ativos destinados a geração distribuída, disse nessa segunda-feira, 27 de março, o presidente da companhia, Reynaldo Passanezi Filho.
“Dos 540 MWp previstos até 2027 grande parte virá de usinas de GD flutuantes nos grandes reservatórios e com taxas de retorno entre 11% e 14%”, pontuou o executivo durante o Cemig Day. O segmento de GD terá uma projeção de R$ 3,2 bilhões em investimentos até 2027, a partir de projetos já inscritos na antiga regra de isenções de taxas para a modalidade.
Para esse ano, a projeção de aporte na ampliação do portfólio de ativos é de R$ 640 milhões, estimando mais 125 MWp em disponibilização aos clientes, o que dobra a atual capacidade instalada da Cemig SIM. Já do aporte previsto para geração centralizada, de R$ 14,4 bilhões, a estatal mineira deve atingir 1,9 GW médios em um portfólio 100% renovável, com a maior parte vindo nas fontes solar e eólica, incluindo também a renovação das concessões hidrelétricas.
Questionado sobre como a corporação pretende enfrentar o custo de capital e os preços baixos da energia nesse ano, Passanezi pontuou que o crescimento virá da engenharia e capital próprio, e que apesar de preferir projetos greenfield, uma saída é partir para aquisições em Minas Gerais mirando viabilidade, rentabilidade e deixando as parcerias para atuar de forma integral nos ativos. “Não faz sentido ter a maior comercializadora do país e comprar energia de terceiros, além de termos conhecimentos únicos sobre os clientes”, conclui.